Depois de aparecer apenas em um debate (o último) no 1º turno, a candidata da atual administração, Mariana Carvalho (União Brasil), adotou uma postura mais agressiva, onde utilizou de ataques para desqualificar a atuação de Léo Moraes (do Podemos), além de sua passagem pelo Detran, durante o debate realizado na noite deste sábado (19), pela SIC TV afiliada da Record em Rondônia.
A primeira pergunta por ela (onde Léo estava na pandemia) foi respondida de forma simples e direta por aquele que está coligado com o povo:
“Eu estava onde a senhora não foi, candidata. Eu estava lá no João Paulo II. Pode perguntar para os pacientes, pergunte aos profissionais. Eu estava na UPA, estava abrindo mão de metade do meu salário para comprar máscaras e milhares de litros de álcool em gel. Eu estava denunciando, inclusive trazendo recursos. Eu estava no Brasil, inclusive. Essa é a nossa diferença: eu estava ao lado do povo, sempre”, rebateu Léo.
Ele emendou com uma pergunta simples, sobre o que a candidata de Hildon Chaves vai fazer para melhorar os piores índices que Porto Velho lidera, como a pior capital do Brasil para se viver (segundo Índice de Progresso Social) e como a que menos tem coleta e tratamento de esgoto (pelo Trata Brasil), onde não teve resposta clara. E Léo comentou:
“Conchavo é bem diferente, candidata. Eu preciso me aproximar das pessoas aqui. O que tem hoje é um conchavo, um grupão, que é bem diferente daquilo que a gente propõe para a sociedade de Porto Velho. A senhora também não sabe o que tem acontecido na legislação. Ela foi retomada por parte do Estado [a Caerd], e a gente só vai conseguir retomar a concessão, que nós votamos favoráveis para entregar água e esgoto à toda população”.
Ele continuou: “Nós lideramos os piores rankings do Brasil: saneamento, escolas em tempo integral, qualidade de vida e tantos outros. Não adianta vir com um script aqui, porque para executar você precisa ser gestor e é muito mais difícil diante dos desafios que temos”.
Até o fim
A candidata que quer continuar com a atual administração e com o grupo que a acompanha há oito anos (e que vai resultar em pelo menos 12 anos de mandatos, se eleita), insistiu na postura de ataques e desqualificação de Léo, onde ela perguntou se ele vai cumprir os quatro anos de mandato na prefeitura, se eleito, ou se ele vai disputar o Governo do Estado.
Léo respondeu de forma imediata: “Vou primeiro me eleger no dia 27, com o apoio do povo, que estou ao lado da população, vou concluir o mandato e depois, mais um mandato e vamos transformar nossa cidade, na capital que todo mundo precisa e merece”.
Jogo de empurra
Mariana tentou diversas vezes minimizar as falhas (especialmente na saúde e educação) da atual administração, a qual ela apoia e recebe respaldo do prefeito Hildon Chaves. E Léo alertou os eleitores porto-velhenses:
“Na época do que é bom, foi ela quem fez, ela quem trouxe, ela que sabe por onde ir, e agora, porque nossa saúde está horrível, e infelizmente, a nossa educação, que não construiu uma creche nos últimos oito anos, aí a culpa é do prefeito. Na verdade, parece que a responsabilidade é de ambos. A gente vai mudar, agora é 20!”.
Novo Centro
Léo ainda explicou como deve revitalizar o antigo Centro Comercial de Porto Velho, localizado na Avenida Sete de Setembro:
“Nós iremos construir um calçadão ali na Farqhuar com a Sete, para que todos possam apreciar nosso inigualável pôr-do-sol. Nossa Guarda Municipal e a Secretaria de Segurança Pública preveem o cercamento digital com 450 câmeras instaladas para que realizem reconhecimento facial, identifiquem criminosos e tragam mais segurança. Durante a pandemia, muitas lojas foram invadidas”.
Ele seguiu: “Nós vamos tirar aquela faixa exclusiva de ônibus. Já estamos em conversa com a CDL e com os empresários para que possa ter maior fluidez. O estacionamento será oblíquo, em 45 graus. Vamos padronizar as calçadas, vamos colocar semáforos inteligentes. Não só lá na Sete de Setembro, mas começar a ter respeito pelos nossos autônomos, pelos nossos permissionários e camelôs, que precisam de mais oportunidade. Vamos expandir isso para a Carlos Gomes, a Plácido de Castro, na União, na Amador dos Reis e Jatuarana”.
Fim
Em suas considerações finais, Léo citou um versículo da Bíblia para reforçar a importância de perseverar em ser candidato à prefeitura da capital de Rondônia:
“Seja forte e corajoso. Não tema, não sucumba, porquê tudo vai dar certo! É necessário cruzar o vale, para a gente chegar sim na Terra Prometida e entregar sim, as melhorias que a gente tanto precisa e tanto sonha. Quero agradecer as pessoas que tem aderido à nossa campanha de forma voluntária e orgânica, que tem abraçado a nossa caminhada. Nós temos deixado claro, que já estamos à frente por isso: porque o povo quer transformar, quer mudar”.
Onde prosseguiu: “Não aguenta mais esse grupão, que acha que manda e desmanda na nossa cidade. Encaminhamos recursos, que acabaram sendo preteridos, deixados de lado, porque só fazem por exemplo, de quem conhecem. A incompetência é tão maligna quanto a própria corrupção. É isso que tem acontecido atualmente na nossa cidade. Nós precisamos de novos ares. Não tenho dúvidas de quem o bom marinheiro, sempre foi forjado na tormenta. É por isso que ele valoriza cada centímetro conquistado quando chega em terra firme”.
Léo ainda finalizou: “Eu tenho conversado com as pessoas e onde passo, há a necessidade de mudança. Essas pessoas que chegam no bairro e não têm água tratada, que tem faltado em todos os lugares. Eu chego no Bairro Cascalheira e a poeira é nos olhos! Na saúde, não tem médico, não tem remédio, não tem atendimento. Infelizmente, administram para um grupo empresarial, uma panelinha, enquanto a população fica à mercê do mínimo aceitável para uma capital de estado. Nós vamos resgatar a autoestima e a dignidade da nossa gente e do nosso povo”.
Fotos: Robert Alves