Aterça-feira (10), marcou o segundo dia da III Mostra Estudantil de Arte e Cultura Indígena (Maloca), transformando o Teatro Guaporé em um vibrante palco de celebração da riqueza cultural dos povos originários de Rondônia. O evento, promovido pelo governo do estado por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), consolida-se como um dos maiores encontros de valorização da cultura indígena no ambiente escolar da Região Norte.
Reunindo cerca de 170 participantes – entre estudantes, dirigentes e chefes de delegação – de 34 escolas indígenas da Rede Estadual de Ensino, a Mostra representa a diversidade de 30 etnias diferentes, incluindo Kaxarari, Suruí, Cinta Larga, Karitiana, Uru Eu Wau Wau, Puruborá e Arikapú.
A programação do segundo dia foi intensa e multifacetada, com o público tendo a oportunidade de conferir a exposição de obras de artes visuais no hall de entrada, um verdadeiro portal para a criatividade indígena. Em seguida, o palco recebeu uma série de apresentações artísticas mistas, abrangendo música, dança, teatro e arte livre, demonstrando a versatilidade e o talento dos jovens artistas.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, “a III edição da Maloca encerra suas atividades consolidando-se como um evento fundamental para a valorização, difusão e celebração da rica cultura dos povos indígenas de Rondônia”, evidenciou.
Além das performances, a programação incluiu a apresentação de textos sobre a origem das etnias e desenhos ilustrativos que representavam suas identidades culturais, um momento de profunda conexão com as raízes e narrativas ancestrais. O ponto alto foi a exibição de filmes produzidos pelos próprios alunos/artistas da Mostra, evidenciando o protagonismo juvenil na produção audiovisual. A exibição foi complementada por um Cinema Regional e uma palestra sobre cinema e teatro com os cineastas Fabiano Barros e Rafael Rogante. Após a exibição do curta-metragem “Ela Mora Logo Alí”, os diretores interagiram com a plateia, respondendo a perguntas e compartilhando suas experiências.
A secretária da Seduc, Ana Lúcia Pacini, ressaltou a importância da Mostra como um espaço de intercâmbio e visibilidade. “Desde o hall de entrada, quem chega na Mostra já tem a oportunidade de conhecer o artesanato e as obras de artes visuais. Temos estudantes indígenas atuando nos filmes. É o protagonismo juvenil”, afirmou a secretária, destacando o papel fundamental dos estudantes na construção e apresentação do evento.
EDUCAÇÃO E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Nesta quarta-feira (11), a Mostra chega ao seu terceiro e último dia, com uma programação igualmente rica e focada na educação e no patrimônio histórico. Pela manhã, os participantes seguirão para a Universidade Federal de Rondônia (Unir) para uma atividade pedagógica guiada. A programação inclui uma exposição de Arqueologia e visitas à Coleção de Ictiofauna, Mastozoologia e Botânica, proporcionando um mergulho no conhecimento científico e na biodiversidade da região.
No período da tarde, as atividades se deslocam para o complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). Uma visita pedagógica guiada permitirá aos estudantes explorar a própria ferrovia e seu museu, além de conhecer o Cemitério da Candelária & Cemitério das Locomotivas e o Hospital da Candelária, mergulhando na história e na memória de Rondônia.
Fonte
Texto: Elaine Santos
Fotos: Júlio André e Elaine Santos
Secom - Governo de Rondônia