O ex-vereador Obadias Ferreira da Silva, acusado de matar a amante Edilene Vieira da Silva e enterrar corpo dela numa cova de três metros na frente da casa da família, vai a júri nesta terça-feira (7), a partir das 8h30, no Fórum de Ji-Paraná (RO).
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia, o réu será interrogado e testemunhas de acusação e 13 de defesa foram arroladas para serem ouvidas. A sentença será proferida ao final do julgamento.
Diante dos jurados na Comarca de Ji-Paraná, Obadias vai responder por três crimes: estelionato sentimental, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O crime
O ex-vereador Obadias Ferreira da Silva foi preso após entrar em contradição, em julho de 2021, durante uma operação da Polícia Civil na cidade de Ji-Paraná, que investigava o sumiço de Edilene Vieira da Silva.
Enquanto respondia perguntas dos agentes de polícia, o político confessou que matou Edilene e enterrou o corpo na frente da casa de campo da família, em uma cova de três metros de profundidade.
Segundo denúncia do Ministério Público, Obadias tinha um relacionamento extraconjugal com a vítima e durante dois meses obteve vantagens pecuniárias indevidas da vítima, com valores que chegam a R$ 40 mil. O ex-vereador teria convencido Edilene a fazer vários empréstimos bancários com a promessa de que eles iam passar a viver juntos como casal.
No dia 13 de abril de 2021, Obadias teria atraído a mulher até a chácara de sua família e, usando de violência, matou a amante asfixiada com uma rede.
Depois de matar a vítima, o acusado cavou um buraco de três metros na frente de casa e enterrou o corpo, que só foi encontrado três meses depois, quando a polícia já investigava o desaparecimento de Edilene.
De acordo com a promotoria, o político agiu manifestando desprezo à condição feminina, "eis que tendo mantido relacionamento amoroso com a vítima durante extenso período de tempo, a convenceu a lhe prestar auxílio financeiro para a construção de um imóvel, no qual lhe prometia que juntos habitariam".
Para o MP, Obadias matou Edilene movido pelo desejo de escapar da responsabilidade pelo estelionato sentimental.
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