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PF deflagra operação para combater desmatamento ilegal em Rondônia e no Acre

A operação "Fake Plan" é mais um passo em direção à proteção dos recursos naturais e à proteção de atividades ilegais que prejudicam o meio ambiente

26/10/2023 às 13h47 Atualizada em 26/10/2023 às 13h51
Por: Redação Fonte: da assessoria
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Porto Velho, Rondônia - A Polícia Federal desencadeou hoje a operação “Fake Plan” com o objetivo de desmantelar um grupo especializado na falsificação de documentos públicos, utilizados para dar aparência de legalidade à madeira extraída de forma ilegal. A ação abrangeu sete municípios de Rondônia e um no Acre e resultou na apreensão de bens e dinheiro que ultrapassaram a casa dos R$ 5 milhões, além do bloqueio de R$ 126.528.522,60

A investigação que deu origem a esta operação teve início em 2020 após uma denúncia feita por funcionários da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). A denúncia indicava a existência de um esquema de falsificação de autorizações de remoção de madeira, que estava sendo utilizado para encobrir a extração ilegal de recursos naturais em áreas de proteção ambiental.

Durante as investigações, os policiais federais constataram a falsificação de diversas autorizações de remoção, que foram beneficiadas cerca de 30 envolvidos, incluindo pessoas físicas e jurídicas. As autorizações falsas indicavam áreas de remoção que, após perícia, revelaram ser terras protegidas dentro da Estação Ecológica Samuel, onde a remoção de madeira era ilegal e inexistente. Essas descobertas reforçaram a suspeita de que os criminosos estavam falsificando documentos para dar uma fachada legal às madeiras extraídas ilegalmente.

A operação "Fake Plan" mobilizou 62 policiais federais que cumpriram 15 mandatos de busca e apreensão nas cidades de Espigão do Oeste, Nova Mamoré, Extrema, Buritis, Ariquemes, Porto Velho, Pimenta Bueno (em Rondônia) e Rio Branco (no Acre). Durante as buscas, quatro veículos foram apreendidos, cujos valores somados se aproximam de R$ 1 milhão, juntamente com R$ 335 mil em espécie e 300 cheques, totalizando um valor estimado de R$ 4 milhões.

Os investigados enfrentarão uma série de acusações, dependendo de sua participação no esquema, que incluem falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra o meio ambiente e organização criminosa. As penas associadas a esses crimes podem ultrapassar 27 anos de prisão.

A Polícia Federal reafirmou seu compromisso com a preservação do meio ambiente e a aplicação rigorosa da lei em casos de crimes que ameacem os interesses ambientais. A operação "Fake Plan" é mais um passo em direção à proteção dos recursos naturais e à proteção de atividades ilegais que prejudicam o meio ambiente.










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