O Ministério Público de Rondônia (MPRO) garantiu, nesta quarta-feira (30), a condenação de J.R. a 31 anos de prisão pelo assassinato brutal de sua esposa, Kátia Dias de Oliveira, de 43 anos, mãe de três filhos. O crime ocorreu em janeiro de 2024, na zona rural de Jaru, e foi julgado pelo Tribunal do Júri da comarca local sob forte comoção popular.
O promotor de Justiça Victor Ramalho Monfredinho conduziu a acusação, sustentando a tese de feminicídio — homicídio motivado por violência de gênero. O júri reconheceu quatro agravantes: motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e violência de gênero.
Além da pena por feminicídio, o réu também recebeu mais um ano de prisão por tentar esconder o corpo após o crime. Durante o julgamento, o MPRO apresentou provas do histórico de agressões cometidas contra Kátia e revelou que o agressor já estava sob medida protetiva da Lei Maria da Penha.
O caso mobilizou a cidade de Jaru. O fórum ficou lotado durante o julgamento, refletindo o impacto do crime na comunidade e a exigência coletiva por justiça.
O MPRO reforça seu compromisso com a proteção das mulheres e o combate à violência de gênero. O feminicídio é a expressão mais extrema dessa violência e uma grave violação dos direitos humanos. Justiça foi feita — e o recado à sociedade é claro: violência contra a mulher não ficará impune.