A medição do nível do rio Madeira no último domingo (16) deixou em preocupação as autoridades de meio ambiente e a Defesa Civil de Rondônia, confirmando a previsão de período de grande seca no estado. A marcação atingiu 4,64 metros enquanto que no mesmo período do ano passado era de 8,39 metros. As chuvas foram abaixo da meta e compromete as reservas de subsolo e as nascentes dos rios que compõem as bacias hídricas.
Durante visita ao jornal eletrônico Rondoniaovivo, o comandante geral do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil estadual, coronel Nivaldo de Azevedo Ferreira, alertou que os efeitos climáticos terão consequências graves neste ano, podendo faltar água para abastecimento de algumas populações. Planos de contingências estão sendo elaborados juntamente com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD) e com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam)para evitar colapso no abastecimento de água potável.
A Defesa Civil efetuou capacitações em todos os municípios rondonienses para a criação das unidades municipais de Defesa Civil, que já trabalhavam em seus planos de contingências para o enfrentamento da crise hídrica que é dada como certa pelos indicadores climáticos. A CAERD faz o monitoramento dos rios de captação água e planeja formas de abastecimento em casos de seca total. A Sedam auxilia os municípios em projetos de recuperação de áreas e reflorestamentos em nascentes e mananciais.
Importância da conscientização
O coronel Nivaldo destacou a importância da conscientização da população para evitar queimadas descontroladas e qualquer fonte de calor que possam gerar incêndios florestais. “O período será muito seco e o vento pode levar um foco de fogo a causar um grande incêndio florestal”, alertou.
A situação é tão crítica a ponto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva ter decretado Estado de Emergência de abril a novembro deste ano, período este que deverá ocorrer intensas queimadas e incêndios florestais. Pelo previsto, nesses oitos meses serão de seca e escassez de água
Plano de combate
O Corpo de Bombeiros Militar instalou seis bases especificas para o combate a incêndios florestais. A Polícia Militar Ambiental também atuará em conjunto para garantir a segurança e integridade das ações e para a proteção às tropas, principalmente em áreas litigiosas. Se for necessário, a Força Nacional poderá ser solicitada.
As bases estão instaladas em pontos considerados com maior indicar de riscos, sendo: Ponta do Abunã, União Bandeirantes, Vila de Samuel, Costa Marques, Nova dimensão e Cujubim.
Em cada base, o Corpo de Bombeiros possui combatentes preparados para enfrentar as ocorrências com fogo, tendo viaturas que transportam água, avião para transporte de tropas, bombas costais, abafadores e outros instrumentos necessários para as ações de combate. Também é feito o monitoramento diário pelo sistema do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
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